Eis o percurso da 3ª Clássica da Serra da Estrela! A data
há muito que é conhecida - o dia 17 de Junho (domingo) -, mas só após
criteriosa ponderação ficou finalmente definido o traçado (clicar aqui para ver), que promete ser tão
ou mais interessante que o das primeiras edições.
No terceiro ano, este evento de ciclismo de alta montanha
puramente amador, que tem vindo em crescendo de interesse e de popularidade, inclui
a inéditas subidas de Sarzedo, Penhas Douradas (por onde a Volta a Portugal
passou em 2011) e Torre por Manteigas, e ainda a subida do Gonçalo, efetuada na
primeira edição desta clássica, em 2010.
O objetivo principal foi que o novo percurso não fugisse
à distância e o nível de dificuldade (do relevo) dos anos anteriores, o que não
foi uma tarefa fácil... A quilometragem, aumentou mas só ligeiramente! Em vez
dos cerca de 115 km (até à Torre) de 2010 e 2011, o trajeto deste ano terá 120
km, a que deverá juntar-se (à semelhança das edições transatas) mais 24 de
descida até à Covilhã (ponto de partida e chegada e local de banhos).
Por seu turno, o relevo, numa apreciação meramente
teórica, anda perto das edições últimas, com um desnível acumulado que deverá
rondar os 3000 metros, embora com a inversão da gradação da dificuldade. Isto
é: desta vez o traçado até à subida final, «obrigatoriamente» para a Torre (!),
será mais exigente do que, por exemplo, o do ano passado, embora, ao contrário
deste, a ascensão final ao ponto mais alto de Portugal Continental será a mais
acessível das que se conhecem: a vertente de Manteigas.
Mas concentremo-nos no percurso até aí, um autêntico sobe
e desce praticamente desde o início da jornada. Assim, logo ao km 10, em
Teixoso (depois de sair no cruzamento à esquerda na EN18: Covilhã-Belmonte),
arranca a primeira subida, de Sarzedo, com 6,5 km a 5%, com ligação ao Vale da
Amoreira (km 29), com um «topo» agreste de 2 km (Verdelhos) de permeio, e dali segue-se
até Valhelhas (km 35). Após 3 km entra-se numa estrada à esquerda que levará (num
atalho sempre em falso plano) para a localidade do Gonçalo, onde começa
verdadeiramente a subida com este nome (km 43). Distância/inclinação: 10 km a
4%, antes da descida para Valhelhas (km 55).
A partir de Valhelhas segue-se a sempre difícil
aproximação a Manteigas (quem não se lembra de 2010?!), onde se inicia a
terceira grande subida do dia, para as Penhas Douradas. Mas, atenção, esta
far-se-á por onde os corredores da Volta a Portugal passaram em 2011 (ver bem
gráfico do percurso). Um «pitéu» com 7,5 km à seletiva inclinação média de 7%.
Segue-se a descida (lindíssima!), de novo, para Manteigas
e, finalmente, a longa subida final (não menos bela!) para a Torre, com
passagem no cruzamento de Piornos, o famoso túnel e com «happy ending» a 1993
metros de altitude. Números da «besta»: 18,5 km a 6%.
No cume de Portugal Continental, a Torre, estaremos com
cerca de 120 km... e a etapa praticamente concluída. Restará regressar cautelosamente
para a Covilhã, em ligação neutralizada, tal como nos dois últimos anos.
Cada participante deve ter consciência das suas
capacidades físicas, desde logo, para se assegurar que reúne condições para
completar, em autonomia, um percurso com este grau de exigência, e a estas
adequar do seu andamento/esforço. Mais uma vez mais se ressalva o interesse da
formação de grupos de nível idêntico.
O percurso inicia-se, como nas primeiras edições, na
Covilhã, no mesmo local (parque de estacionamento do McDonald’s/Pingo Doce, com
partida às 8h00), a alameda que liga a EN18 ao centro da cidade. Ao invés do
ano passado, o pelotão seguirá para Norte, no sentido de Belmonte.
Pede-se, igualmente, aos participantes na Clássica que evitem atirar lixo para o chão, nomeadamente os invólucros de alimentos que consumam durante o trajeto. O mesmo pedido é extensível aos acompanhantes. Recorde-se que o percurso atravessa zonas protegidas do Parque Nacional da Serra da Estrela, e que é dever acrescido de bom cidadão/desportista contribuir para a sua preservação e do meio ambiente em geral.