sexta-feira, 25 de maio de 2012

Ataque à vertente de Manteigas!



Eis o percurso da 3ª Clássica da Serra da Estrela! A data há muito que é conhecida - o dia 17 de Junho (domingo) -, mas só após criteriosa ponderação ficou finalmente definido o traçado (clicar aqui para ver), que promete ser tão ou mais interessante que o das primeiras edições.

No terceiro ano, este evento de ciclismo de alta montanha puramente amador, que tem vindo em crescendo de interesse e de popularidade, inclui a inéditas subidas de Sarzedo, Penhas Douradas (por onde a Volta a Portugal passou em 2011) e Torre por Manteigas, e ainda a subida do Gonçalo, efetuada na primeira edição desta clássica, em 2010.

O objetivo principal foi que o novo percurso não fugisse à distância e o nível de dificuldade (do relevo) dos anos anteriores, o que não foi uma tarefa fácil... A quilometragem, aumentou mas só ligeiramente! Em vez dos cerca de 115 km (até à Torre) de 2010 e 2011, o trajeto deste ano terá 120 km, a que deverá juntar-se (à semelhança das edições transatas) mais 24 de descida até à Covilhã (ponto de partida e chegada e local de banhos).

Por seu turno, o relevo, numa apreciação meramente teórica, anda perto das edições últimas, com um desnível acumulado que deverá rondar os 3000 metros, embora com a inversão da gradação da dificuldade. Isto é: desta vez o traçado até à subida final, «obrigatoriamente» para a Torre (!), será mais exigente do que, por exemplo, o do ano passado, embora, ao contrário deste, a ascensão final ao ponto mais alto de Portugal Continental será a mais acessível das que se conhecem: a vertente de Manteigas.

Mas concentremo-nos no percurso até aí, um autêntico sobe e desce praticamente desde o início da jornada. Assim, logo ao km 10, em Teixoso (depois de sair no cruzamento à esquerda na EN18: Covilhã-Belmonte), arranca a primeira subida, de Sarzedo, com 6,5 km a 5%, com ligação ao Vale da Amoreira (km 29), com um «topo» agreste de 2 km (Verdelhos) de permeio, e dali segue-se até Valhelhas (km 35). Após 3 km entra-se numa estrada à esquerda que levará (num atalho sempre em falso plano) para a localidade do Gonçalo, onde começa verdadeiramente a subida com este nome (km 43). Distância/inclinação: 10 km a 4%, antes da descida para Valhelhas (km 55).

A partir de Valhelhas segue-se a sempre difícil aproximação a Manteigas (quem não se lembra de 2010?!), onde se inicia a terceira grande subida do dia, para as Penhas Douradas. Mas, atenção, esta far-se-á por onde os corredores da Volta a Portugal passaram em 2011 (ver bem gráfico do percurso). Um «pitéu» com 7,5 km à seletiva inclinação média de 7%.

Segue-se a descida (lindíssima!), de novo, para Manteigas e, finalmente, a longa subida final (não menos bela!) para a Torre, com passagem no cruzamento de Piornos, o famoso túnel e com «happy ending» a 1993 metros de altitude. Números da «besta»: 18,5 km a 6%.    

No cume de Portugal Continental, a Torre, estaremos com cerca de 120 km... e a etapa praticamente concluída. Restará regressar cautelosamente para a Covilhã, em ligação neutralizada, tal como nos dois últimos anos.

 Outras informações

 Esclareça-se, desde já, que a Clássica da Serra da Estrela – à semelhança de todas as que constam da temporada Pina Bike - não tem fins competitivos.

Cada participante deve ter consciência das suas capacidades físicas, desde logo, para se assegurar que reúne condições para completar, em autonomia, um percurso com este grau de exigência, e a estas adequar do seu andamento/esforço. Mais uma vez mais se ressalva o interesse da formação de grupos de nível idêntico.

O percurso inicia-se, como nas primeiras edições, na Covilhã, no mesmo local (parque de estacionamento do McDonald’s/Pingo Doce, com partida às 8h00), a alameda que liga a EN18 ao centro da cidade. Ao invés do ano passado, o pelotão seguirá para Norte, no sentido de Belmonte.

 Pede-se a todos os acompanhantes que se desloquem em viatura, que respeitem distância de segurança (suficiente) para os ciclistas, principalmente enquanto pelotão ou grupos numerosos, não devendo circular em caravana atrás ou à frente, e que nunca os ultrapassem sem garantir a segurança da manobra.

 Recomenda-se, assim, que os referidos acompanhantes - principalmente perante a contingência de apoiar os «seus» ciclistas - que o façam APENAS EM SUBIDA E NUNCA QUANDO O GRUPO ESTIVER COMPACTO OU EM DESCIDAS A ALTA VELOCIDADE. O IDEAL SERÁ AGUARDAR POR FASES MAIS AVANÇADAS DO PERCURSO, QUANDO O PELOTÃO ESTIVER MAIS FRACCIONADO. Além disso, aconselha-se a todos os participantes que levem telemóvel para contacto em caso de emergência/necessidade.

Pede-se, igualmente, aos participantes na Clássica que evitem atirar lixo para o chão, nomeadamente os invólucros de alimentos que consumam durante o trajeto. O mesmo pedido é extensível aos acompanhantes. Recorde-se que o percurso atravessa zonas protegidas do Parque Nacional da Serra da Estrela, e que é dever acrescido de bom cidadão/desportista contribuir para a sua preservação e do meio ambiente em geral.