quarta-feira, 16 de março de 2011

AMANHÃ, SERÁ O GRANDE DIA!!!



A partir das 8h00 da amanhã, a 2ª. Clássica da Serra da Estrela arranca à conquista da Torre, num percurso que tem tudo para ser inesquecível jornada de cicilismo. A alta montanha aguarda-nos, por isso esqueçam-se excessos e desvarios. Ela reclama justiça à sua grandiosidade e respeito pelas exigiências que impõe...


O trajecto não é acessível. É um «osso duro de roer» - e até o gráfico da altimetria poderá induzir em erro, ao mostrar que o única grande dificuldade é «só» a interminável subida de Seia para a Torre. Não é. É um autêntico sobe e desde, sem grande espaço para relaxe. Desde os primeiros quilómetros que as subidas se nos deparam, em sequência e crescente dificuldade... Não se iludam. A partir da zona de andamento livre, na Erada (km 27), começará verdadeiro teste de superação física e mental - serão mais 80 km infindáveis até à Torre, em que tudo pode acontecer. A experiência da edição de 2010 (a quem esteve presente) deve ser fiel cartilha de ensinamentos: para a maioria, os excessos das Penhas Douradas (e até da ligação enganadora para o Sabugueiro) pagaram-se bem caros, na fortíssima subida final, a partir desta aldeia para a Torre - e foi só, porque este ano terá o dobro da extensão, logo conte-se com 2 horas de esforço intenso, que não podem ser penosas, sob todos os riscos que tal implica!. Portanto, recomendação! Poupem-se para a subida final. Vai-nos levar todas as forças...



1ª condição fundamental para chegar bem, pelo menos, a Seia: não ficar isolado após a Erada, na suave mas longa subida para o Alto do Teixeira (2ª. categoria). Para quem é da nossa zona (Lisboa/Loures/Oeste/Ribatejo), saberá o que poderia custar ficar «ao vento» no início da ascensão do Forte do Alqueidão desde Bucelas, mas ainda mais 5 km! E com «uma» serra de Montejunto pela frente (Alvoco da Serra), e depois de sair desta, enfrentar a subida à Torre. Levem isso na cabeça! Não é exagero...



Por outro lado, não se façam ao caminho sem o seu conhecimento detalhado. Há viragens, mudanças de direcção várias. Uma opção errada poder-vos-á levar a fazer ínúmeros quilómetros desnecessariamente. E em cenário de montanha, depois de uma longa descida vem sempre não menos longa subida... Levem «road book», num pedaço de papel guardado no bolso ou colado no avanço da vossa bicicleta. Previnam-se, porque o percurso não é sempre a direito... e os atalhos podem pouco recomendáveis.



A seguir, fica a descrição mais pormenorizada do traçado pelo camarada Manso, seu profundo conhecedor. Retirem ilações. Eu já tirei! Quero chegar ao Sabugueiro com mais forças que no ano passado. Não sei tão bem que não vai ser fácil. E como recomendação para os mais «competitivos», digo-lhes que o meu andamento «justo», por ter ido no limite da gestão nas Penhas Douradas, permitiu-me ganhar mais de meia-hora a muitos que chegaram alguns minutos à minha frente às Penhas. E sei, que se estivesse só um bocadinho menos justo nas terríveis pendentes a seguir ao Sabugeiro, que ganharia quase o dobro! E foram 17 km. Imagine-se em 28, desde Seia. A reflectir.


A palavra, então, ao camarada do Ciclismo 2640:



O percurso da clássica pode ser dividido em várias fases.



1) Até à Erada: Fase mais rolante, com várias passagens por aldeias/aglomerados habitacionaisA ter em atenção:- Muitas passadeiras, algumas com a configuração de lombas que devem ser bem assinaladas por quem for na cabeça do pelotão- Velocidade dentro das localidades- Esta ligação apesar de acessível apresenta algumas subidas relativamente pequenas que devem ser levadas com calma. Destaco logo o caroço à entrada do Tortozendo, uma mais longa inclinação a seguir ao Paul e assim que se vira à esquerda para a Erada a pendente também se faz sentir.- A descida para a Erada deve ser feita com precaução. Assim que se atravessa esta localidade vira-se à direita e sobe-se. Aqui vai certamente haver algum alongar no pelotão porque a inclinação é grande. Pouco depois vira-se à esquerda e entra-se numa estrada com piso excelente e pendente mais suave (sempre a subir)



2) Subida até ao Alto do Teixeira - Pouco mais de 15 km acessíveis em termos de inclinação. aqui já se vai em andamento livre e as diferenças devem começar a aparecer.



3) Assim que se atinge o topo da subida anterior desce-se bastante (para a direita) e logo depois inicia-se a bem mais séria subida do Alvoco da Serra. Não é longa mas é inclinada. Se o dia estiver quente aproveitem a fonte/chafariz na entrada da localidade visto que é o ponto ideal para um rápido reabastecimento de água. Sai-se da localidade ainda a subir e depois desce-se na zona de Loriga. Sem descanso aparece mais uma inclinação na saída desta terra e na rotunda que irá surgir pouco depois segue-se em frente para Seia (À direita atalham-se muitos km em direcção à serra mas acreditem que é o "inferno serrano").



4) Descida para Seia e mais uma inclinação na zona de São Romão. (Aproveitem para ir comendo até lá). Passa-se Seia - Atenção aos semáforos! E vem o prato principal...



5) 28 km até à Torre. A saída de Seia é dura. Depois suaviza um pouco até ao Sabugueiro e volta a encrudelecer muito na saída (após um breve trecho a descer). Até à lagoa não vai haver tréguas e depois disso o sobe e desce (mais sobe do que desce...) mantém-se.



6) Descer até à Covilhã. Com calma, aproveitando para contemplar a magnifica vista e fazendo as despedidas finais



Notas finais: Não deitem lixo no chão! Sejam cívicos e respeitem uma área protegida.



Aproveitem para admirar as belas paisagens e para respirar ar puro.





Eis o anúncio do percurso da 2ª Clássica da Serra da Estrela! A data há muito que é conhecida - o dia 4 de Junho (sábado) -, mas só após criteriosa ponderação ficou finalmente definido o traçado, que promete ser tão ou mais interessante que o do ano passado, que incluiu as subidas de Gonçalo, Penhas Douradas e Sabugueiro (Torre). O objectivo principal foi que o novo percurso mantivesse a distância e o nível de dificuldade (relevo) aproximados ao do evento de 2010 - e estamos em crer que foi alcançado.




A quilometragem, sem dúvida! São os mesmos 110 km até à Torre. Já o relevo, numa apreciação meramente teórica, fica lá perto, embora a subida final deste ano, «obrigatoriamente» para a Torre, agrave a exigência! Porquê? Pela simples razão que será a extensão completa de Seia ao ponto mais alto de Portugal Continental, nos seus intermináveis 28 km. Ou seja, será semelhante ao final de 2010, a partir do Sabugeiro, ao que se acrescenta a ligação (anterior) de Seia a esta localidade. Um final apoteótico!




Mas não esqueçamos o percurso até Seia: autêntico sobe e desce, embora sem subidas com percentagens e distância de montanha, como em 2010. Recorde-se: Manteigas para as Penhas Douradas (15 km) e Gonçalo (10 km). Ao invés, este ano podemos eleger duas, como as mais complicadas antes da abordagem à Torre: Alto do Teixeira (km 43), desde Erada (16 km, a 2,4%), que, no «papel», se assemelha à nossa bem conhecida Bucelas-Forte de Alqueidão... com mais 5 km. E Alvoco da Serra (km 58), com 7,5 km a mais significativos 6,2%, uma espécie de Montejunto (igualmente em teoria...). Na Volta a Portugal, são ambas de 2ª categoria.




Mas há uma série de subidas mais pequenas de permeio, curiosamente com a mesma distância (2,5 km): Tortosendo (km 7) para Bairro do Cabeço (4,7%); Paiol (km 21), a partir de Barco (5,8%); Loriga (km 65, a 6,6%) e S. Romão (km 75; a 5,8%).




O percurso inicia-se, como na primeira edição, na Covilhã e no mesmo local (parque de estacionamento do McDonald’s/Pingo Doce, com partida às 8h00) na alameda que liga a EN18 ao centro da cidade. Ao invés do ano passado, o pelotão seguirá para Sul, no sentido do Fundão, e apenas 3 km adiante, à direita para Tortosendo.




De resto, este ano a Clássica vai trilhar as zonas sul e oeste da Serra da Estrela, habitualmente menos exploradas. O camarada Manso já fez grande parte do percurso e... recomendou-o!




No cume de Portugal Continental, a Torre, estaremos com cerca de 110 km... e etapa praticamente concluída. Restará regressar «vertiginosamente» para a Covilhã, em ligação neutralizada, tal como no ano passado.





Outras informações
Esclareça-se, desde já, que a Clássica da Serra da Estrela – à semelhança de todas as que constam da temporada Pina Bike - não tem fins competitivos.




Assim, de modo a permitir a integração de todos os ciclistas (ou a esmagadora maioria) na parte inicial do percurso, os seus participantes deverão respeitar o andamento estabelecido durante os primeiros 25 km (até Erada, no início da subida do Alto do Teixeira). A partir daí, o andamento é livre. Recorde-se que, em 2010, o regulamento foi precisamente mesmo, tendo havido mesmo lugar a neutralização no Alto do Gonçalo. Desta vez, não estão previstas.




Cada participante deve ter consciência das suas capacidades físicas, desde logo, para se assegurar que reúne condições para completar, em autonomia, um percurso com este grau de exigência, e a estas adequar do seu andamento/esforço. Mais uma vez mais se ressalva o interesse da formação de grupos de nível idêntico.




ATENÇÃO: os balneários (gratuitos) serão os do Complexo Desportivo Municipal da Covilhã (estádio), os mesmos que foram gentilmente cedidos pela autarquia no ano passado. A distância entre o local de concentração, partida e chegada (parque de estacionamento do Pingo Doce) não dista mais de 1,5 km. O trajecto é o seguinte. O ideal seria deixar os veículos no parque de estacionamento do estádio (aliás, essa foi a sugestão do responsável autarca), mas este só abrirá portas às 8h00, que é precisamente a hora marcada para a partida da Clássica. Mas quem tiver carro de apoio, poderá, então, dirigir-se directamente aos balneários, após a descida da Torre.




ALERTA (1): Pede-se a todos os acompanhantes que se desloquem em viatura, que respeitem distância de suficientemente grande para os ciclistas (principalmente enquanto pelotão ou grupos numerosos), não devendo circular em caravana atrás ou à frente, e que nunca os ultrapassem sem garantir a segurança da manobra, para que não situações arrepiantes como as do ano passado na descida do Alto do Gonçalo.




Recomenda-se, assim, que os referidos acompanhantes - principalmente perante a contingência de apoiar os «seus» ciclistas - que o façam APENAS EM SUBIDA E NUNCA QUANDO O GRUPO ESTIVER COMPACTO OU EM DESCIDAS A ALTA VELOCIDADE. O IDEAL SERÁ AGUARDAR POR FASES MAIS AVANÇADAS DO PERCURSO, QUANDO O PELOTÃO ESTIVER MAIS FRACCIONADO. Além disso, aconselha-se a todos os participantes que levem telemóvel para contacto em caso de emergência/necessidade.




ALERTA (2): Pede-se, igualmente, aos participantes na Clássica que evitem atirar lixo para o chão, nomeadamente os invólucros de alimentos que consumam durante o trajecto. O mesmo pedido é extensível aos acompanhantes.




Recorde-se que o percurso atravessa zonas protegidas do Parque Nacional da Serra da Estrela, e que é dever acrescido de bom cidadão/desportista contribuir para a sua preservação e do meio ambiente em geral.